terça-feira, 27 de março de 2012

DIDATICA - aula 27/03

ENTREVISTA COM O ESPECIALISTA EM AVALIAÇÃO PROFESSOR CIPRIANO LUCKESI

http://www.ciprianoluckesi.com.br/

TEMA: AVALIAÇÃO DIAGNOSTICA

O educador tem o papel de inclusão através do ato de avaliar e não de examinar. O ato de examinar observa o exame por ser pontual, classificatória e excludente. Já o ato de avaliar é contrario do examinar, ou seja, inclui o aluno, não é classificatório e não pontual (não é imediatista) e isto leva a autonomia do aluno.

A pedagogia que predomina nos dias de hoje vem dos séculos XVI e XVII, assim como o modelo de exame como conhecemos. O ordenamento dos estudos e das normas de avaliação que fazemos até hoje como a aplicação de provas, vem Tb do século XVI. Alguns teóricos romperam com a pedagogia tradicional, como Piaget e Paulo Freire, mas a pedagogia tradicional prevalece até hoje.

Nos séculos XVI e XVII existia a figura do escolarca, representante da escola que fazia uma prova única para todas as escolas para verificar se todas estão funcionando bem, ato muito semelhante ao Enade e a prova Brasil. Hoje os exames continuam sendo excludentes, e querem que o ser humano já venha pronto. Para a avaliação que visa o processo, os exames tradicionais não funcionam, pois a avaliação deve ser utilizada através de uma pedagogia construtiva, como de Montessori, Paulo Freire e Piaget, que admite o ser humano não como um ser pronto e sim em movimento, afinal o ser humano é um ser em desenvolvimento.

A avaliação diagnostica para reorientar o aluno. O objetivo não é aprovar ou reprovar e sim de construir um conhecimento visando a autonomia.  Portanto, não é necessário mudar os instrumentos de avaliação e sim o seu uso e postura. Em vez de usar como um ato classificatório, usa-lo para diagnosticar o desempenho do aluno.

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