22/05 - AMERICA 2: SEMINARIO 5: OS OPOSITORES CONSERVADORES DO NEW DEAL
Trabalho: Os “Opositores Conservadores” do New Deal/
Tatiana Poggi
Após a primeira guerra mundial, a
Europa conseguiu se reestabelecer economicamente. Isto prejudicou drasticamente
os Estados Unidos porque durante a década de 20 - Belle Époque - vendiam seus
produtos industrializados para estes países em crise. Com a recuperação
europeia o comércio externo não se fez mais necessário e isto levou à falência
de empresas norte americanas até chegar à da quebra da bolsa de Nova York em
1929. O presidente Herbert Hoover –
republicano – foi considerado culpado pela depressão por não ter tomado medidas
para resolver a questão. Houve novas
eleições e pela imagem de Hoover estar desgastada, Franklin Roosevelt –
democrata - se tornou o novo presidente norte americano e adotou a proposta chamada
New Deal, onde afirmava que a saída para a crise seria o intervencionismo
estatal aliado a medidas de apoio trabalhistas e sociais.
Estes
fatos históricos são apontados no texto “Os ‘Conservadores Opositores’ do New
Deal”, de Tatiana Poggi. O objetivo do New Deal era o fim da recessão, mas,
mesmo assim, encontrou resistências pelos mais conservadores, tanto liberais
quanto fascistas, porque acreditavam que a nova ideologia de cunho social e o
intervencionismo estatal limitavam o poder do próprio Estado e diminuía o
crescimento dos gastos públicos. Isto
foi um choque entre uma sociedade que estava buscando novos rumos e outra mais
conservadora, onde seus pilares estavam fincados num liberalismo clássico
liberal. Esta sociedade mais conservadora se viu ameaçada por uma ideologia não
fascista, de apoio aos direitos dos trabalhadores e preocupada com a valorização
dos direitos civis. Mas, ao mesmo tempo, esta sociedade se reuniu para acordos,
alianças e projetos que anos mais tarde dariam início a um novo liberalismo e
fascismo.
Em
suma, podemos dizer que nesta situação política havia um sentimento ambíguo,
onde existia uma oposição ao regime atual, um liberalismo voltado para o
intervencionismo estatal que tinha por objetivo um macroestado e que todos
pudessem ter seus direitos resguardados e em meio a isto um desejo conservador
(caracterizado pelo também pelo liberalismo, voltado para o interior e para
poucos que conseguiram uma posição privilegiada – explicada pela ideologia do
darwinismo cultural). Este conservadorismo está aliado na verdade a uma vontade
de ainda manter o poder conquistado e para tanto era necessário ‘dançar
conforme a música’ ou seja, fazer acordos trabalhistas. Isto seria uma forma desta
mesma classe dominante conservar o seu poder.
BIBLIOGRAFIA:
POGGI, Tatiana. Os opositores conservadores do
New Deal. In: Revista Eletrônica da ANPHLAC, Goiania, nº 7, 2008, pp. 27-56.
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