sábado, 8 de setembro de 2012

BRASIL 3 - 29/08


BRASIL 3 – AULA 29/08

A GUERRA DO PARAGUAI – 1864/1869

Na década de 50 houve um boom dos historiadores sobre a guerra do Paraguai. Na era do capital se levanta a ideia o absurdo da guerra e o imperialismo inglês que fez com que tivesse esses conflitos entre Paraguai e Brasil, devido a interesses da Inglaterra na américa latina. Nos anos 80 no livro maldita guerra existe um olhar internacional sobre a guerra.

A guerra do Paraguai durou  4 anos e 7 meses e desestruturou países recém saídos de ser colônia e estão em processo de formação de identidade nacional.  Ser patriota significava ir para a guerra. Mas é uma ironia porque os proprietários não doam escravos para a guerra e isso faz com que o estado tenha que comprar escravos para a guerra e formar um exercito profissional o que foi custoso.

A guerra do Paraguai foi o resultado de conflitos de terras (estados) que estavam se consolidando.  A produção historiográfica está olhando para a questão da formação nos estados e nações devido aos choques que estes países já tinham entre si e que com a independência esferveceu.

O Paraguai é um pais que não tem saída para o mar e por isso precisa negociar o tempo todo saída para o atlântico. O caminho mais fácil é pelo Uruguai. O Brasil se intrometeu nesta questão devido sua proximidade com o Uruguai desde a farroupilha, já que os farrapos tem redes com o sul e não com a corte.

Caxias é presente na guerra do Paraguai. A argentina recua devido guerras internas. O Brasil fica até 1870 em assumpção cumprindo divisão de contrato, onde a população do Paraguai perdeu 30% de suas terras. Tambem estavam trabalhando a memoria local para que solano Lopes não vire um mártir.

O Paraguai é representado na figura de solano Lopes e os chargistas da época o colocavam como bárbaro nos jornais brasileiros. Por isso o Brasil foi com a função de civilizar o local, já que o mundo considerava o modelo de corte como civilizatório.

A guerra: existe o despreparo do exercito brasileiro devido a própria direção que não foi de preferencia militar. Esse modelo se deve a Portugal onde os filhos dos ricos não iam para o exercito e sim trabalhar no estado em formação.  Para encarar a topologia paraguaia cheia de altos e baixos, lama e mangue, caxias foi treinado na argentina que já conhecia o local. Então o exercito entra na guerra e divulga sua vitória.  

No meio da guerra caxias volta alegando doença.  A  imprensa o chama de covarde, mas caxias se torna construção de um herói na era vargas com o objetivo de reunificação nacional. Ele não é um chefe militar e sim politico, sendo chefe do partido conservador.  Então o conde d’eu vai para a guerra no lugar de caxias e troca os fornecedores de suprimentos. Conclusão: o soldado passa fome e começam saqueamentos, violência, estupros.

Em suma, a guerra do Paraguai vai ser um marco na construção da nação. Isto é visto através de quadros oficiais pagos.  O Brasil sempre quis a hegemonia e o caráter expansionista para si e o acordo entre Paraguai e Uruguai poderia prejudicar este plano.  Neste sentido o Brasil se via como um modelo de civilização e o Paraguai um modelo de barbárie.

O Brasil era composto de um exercito negro, de africanos livres. Depois vai para a guerra escravos comprados, ou alguns doados – escravos em piores estado e alistamento de voluntários.  Os senhores se negam a enviar seus familiares o que tornou a relação com a monarquia delicada.  Isto gera um rombo nos cofres públicos e aumento de casamentos para isenção da guerra.

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