BRASIL 3 – AULA 29/08
A GUERRA DO PARAGUAI – 1864/1869
Na década de 50 houve um boom dos
historiadores sobre a guerra do Paraguai. Na era do capital se levanta a ideia
o absurdo da guerra e o imperialismo inglês que fez com que tivesse esses
conflitos entre Paraguai e Brasil, devido a interesses da Inglaterra na américa
latina. Nos anos 80 no livro maldita guerra existe um olhar internacional sobre
a guerra.
A guerra do Paraguai durou 4 anos e 7 meses e desestruturou países recém
saídos de ser colônia e estão em processo de formação de identidade nacional. Ser patriota significava ir para a guerra. Mas
é uma ironia porque os proprietários não doam escravos para a guerra e isso faz
com que o estado tenha que comprar escravos para a guerra e formar um exercito
profissional o que foi custoso.
A guerra do Paraguai foi o
resultado de conflitos de terras (estados) que estavam se consolidando. A produção historiográfica está olhando para
a questão da formação nos estados e nações devido aos choques que estes países
já tinham entre si e que com a independência esferveceu.
O Paraguai é um pais que não tem
saída para o mar e por isso precisa negociar o tempo todo saída para o
atlântico. O caminho mais fácil é pelo Uruguai. O Brasil se intrometeu nesta
questão devido sua proximidade com o Uruguai desde a farroupilha, já que os
farrapos tem redes com o sul e não com a corte.
Caxias é presente na guerra do
Paraguai. A argentina recua devido guerras internas. O Brasil fica até 1870 em
assumpção cumprindo divisão de contrato, onde a população do Paraguai perdeu
30% de suas terras. Tambem estavam trabalhando a memoria local para que solano
Lopes não vire um mártir.
O Paraguai é representado na figura
de solano Lopes e os chargistas da época o colocavam como bárbaro nos jornais
brasileiros. Por isso o Brasil foi com a função de civilizar o local, já que o
mundo considerava o modelo de corte como civilizatório.
A guerra: existe o despreparo do
exercito brasileiro devido a própria direção que não foi de preferencia militar.
Esse modelo se deve a Portugal onde os filhos dos ricos não iam para o exercito
e sim trabalhar no estado em formação.
Para encarar a topologia paraguaia cheia de altos e baixos, lama e
mangue, caxias foi treinado na argentina que já conhecia o local. Então o
exercito entra na guerra e divulga sua vitória.
No meio da guerra caxias volta
alegando doença. A imprensa o chama de covarde, mas caxias se
torna construção de um herói na era vargas com o objetivo de reunificação
nacional. Ele não é um chefe militar e sim politico, sendo chefe do partido
conservador. Então o conde d’eu vai para
a guerra no lugar de caxias e troca os fornecedores de suprimentos. Conclusão:
o soldado passa fome e começam saqueamentos, violência, estupros.
Em suma, a guerra do Paraguai vai
ser um marco na construção da nação. Isto é visto através de quadros oficiais
pagos. O Brasil sempre quis a hegemonia
e o caráter expansionista para si e o acordo entre Paraguai e Uruguai poderia
prejudicar este plano. Neste sentido o
Brasil se via como um modelo de civilização e o Paraguai um modelo de barbárie.
O Brasil era composto de um
exercito negro, de africanos livres. Depois vai para a guerra escravos
comprados, ou alguns doados – escravos em piores estado e alistamento de
voluntários. Os senhores se negam a
enviar seus familiares o que tornou a relação com a monarquia delicada. Isto gera um rombo nos cofres públicos e
aumento de casamentos para isenção da guerra.
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