BRASIL 3 - AULAS 12/09 E 18/09
JOAQUIM NABUCO E A CAMPANHA ABOLICIONISTA - O ABOLICIONISMO
CENAS DA ABOLIÇÃO - JOSELI MENDONÇA
É certo que já se esperava a republica e a abolição. A historiografia classica diz que o abolicionismo aconteceu devido ao movimento abolicionista e ao estado, onde os escravos eram coitados que não sabiam de seus direitos. Joseli Mendonça analisou processos da epoca e afirma que existia ações de liberdade, então achar que este escravo era um coitado não procede pois ele sabia dos seus direitos, então a abolição foi uma conquista dele também. Nabuco sabe deste detalhe, mas não o menciona porque seria dizer que não houve integração e Nabuco defendia esta integração como realidade, devido a participação do negro na sociedade com o seu trabalho.
Joaquim Nabuco queria a abolição pra já, devido a chegada do capitalismo no Brasil e a escravidão para estes investidores era considerada um atraso.. Nabuco, monarquista, visualizava uma sobrevida da monarquia se a abolição fosse feita ainda neste reinado. Então o abolicionismo é uma tentativa de manter a monarquia. Outra questão é de defesa do modelo de civilidade para a sociedade brasileira, já que escravidão não é considerada um ato de civilidade na epoca pois a mentalidade da europa estava voltada para o cientificismo. Sem contar que participando da abolição Nabuco ficaria na historia como a pessoa que participou deste ato de civilidade, ou seja, é um trabalho de criação de memoria.
Mesmo sendo monarquista, Nabuco defendia a abolição em primeiro lugar, devido ao progresso que a abolição traria ao Brasil e de construção de memoria da sua participação no movimento abolicionista. Era monarquista devido ao seu pai que trabalhou em vários altos cargos da monarquia e tb devido ao seu circulo de estudos e de amigos. Então, devido a esses fatos não existe uma contradição dele ser monarquista e abolicionista.
Nabuco era radical no sentido que a raça negra nos deu um povo, construiu nosso pais e trabalhou para seu funcionamento. Ou seja, a raça negra quando se fala que nos deu um povo é como se ela estivesse integrada, pois a integração significava que não se teve um racha com o senhor, com a sociedade e desta forma seria importante para a manutenção da ordem. Nabuco também era radical quando falava em reforma agraria pois ele pensa no abolicionismo e vislumbra o futuro, ou seja, mais uma vez se volta para a integração do negro nesta sociedade, para que não se cultue o odio devido a escravidão, e para a tanto a solução seria a integraçao do negro como parte da sociedade. Nabuco também é radical quando se fala num pais fanatizado pela religião, principalmente quando a igreja catolica se envolve com questões do estado.Sem contar que nenhum padre brasileiro ficou a frente de uma causa abolicionista, diferente da europa onde religiosos tratavam a escravidao como um mal assolava o negro tanto na alma quanto no corpo. Nabuco não era radical quando falava que quem levou a abolição para frente não foram os negros e sim a elite e o estado por representa-los, já que os negros não tinham ideia dos seus direitos. Em suma, para nabuco o importante é a reivindicação dos negros, do quanto querem participar, ou seja, até onde seriam cidadãos.. Isso porque participar diretamente significaria que o parlamento não seria importante com suas leis emancipacionistas.
Nabuco fala que é importante que este negro não fique sem trabalho, já que a sociedade vai se tornar capitalista e por isso dá valor quando diz "os negros constroem estradas", porque isto mostra a força do trabalho negro no Brasil. Então o foco se torna a valorização do trabalho no pos abolição, que poderia ter alguns rumos, como a negociação com o seu ex senhor de trabalhar na roça, se ser um alfabetizador de primeiras letras, de treinar os imigrantes para o trabalho, entre outros.
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