terça-feira, 29 de maio de 2012

BRASIL 2 - 26/04

BRASIL 2 - 26/04

ORGANIZAÇÃO INSTITUCIONAL DO PRIMEIRO REINADO

LANÇAMENTO DAS BASES DO NOSSO PAIS:
- Manutenção da unidade territorial em torno do governo do RJ com as vitorias militares sobre as provincias fieis a lisboa
- permanencia dos conflitos sobre a distribuição do poder entre a autoridade nacional no RJ e os governos das provincias mais distantes
- obtenção do reconhecimento internacional do pais sob a influencia dos interesses comerciais ingleses
- exclusão da maior parcela da população da categoria de cidadão e da participação politica
- precario sentimento de identidade nacional restrito sobre tudo as elites e baseado na aversão e no desprezo pelos portugueses

EXPLICAÇÃO:
 O texto fala sobre um embate politico e ideologico.

A bandeira do imperio e as cores são escolhidas: verde (casa real de bragança) e amarelo (dinastia habsburgo). Foi uma maneira de  encarar a nova nação pelo passado e pela tradição e como uma continuação direta da dinastia real, onde o imperador e a imperatriz são simbolos nacionais.

O Brasil como encontrado nos mapas é uma ilusão de otica, pois em 1822 Brasil é um pais em construção, devido a ausencia da integraçao das regioes no territorio brasileiro, na maioria devido a falta de comunicação pela grandiosidade do territorio. Desta forma as sociedades se mantinham autonomas. Outro motivo era o abismo cultural devido a um regionalismo forte.

Só 2 elementos unem a população: a lingua portuguesa e a religiao catolica.

A oficialização da independencia não resultou num territorio integrado, devido a uma oposição da elite nordeste/norte de ver o Rio de Janeiro como centro de poder. O norte e o nordeste se juntam como pequenas patrias e se vinculam a lisboa, apostando nas reformas liberais e recusando a autoridade do Rio de Janeiro.

Para se ter uma unidade foi necessario campanhas militares e desta forma o RIo de Janeiro se legitimou. Este é o primeiro passo para as bases do pais. Então um novo pais se consolida devido a autoridade militar. Isto foi necessario porque as elites do norte/nordeste queriam a autonomia e o liberalismo com  a ideia da assembleia com deputados eleitos.  O centro de poder do RJ era tradicionalista e atende a valores do imperador como o absolutismo, onde a soberania pertence ao trono real. O territorio ficaria unido, afinal, o imperador é uma peça primordial para impedir a fragmentação do territorio.

O centro de poder no RJ começa a escolher os presidentes que vão governar as provincias. Isto serviu para consolidar a imagem do RJ como um poder opressor.

O desenho do territorio brasileiro toma forma e o que falta é o reconhecimento internacional, afinal a independencia foi vista com maus olhos pela Europa, devido a santa aliança que possui uma restauração politica, ganhando força com as monarquias abolutistas. Sem contar que a independencia foi vista como a vitoria do liberalismo no BRasil. Os EUA estranham o Brasil por ser uma monarquia num continente de republicas. O que decide o reconhecimento internacional é a pressão britanica, atraves de um patrocinio pela legitimação e em troca pode comercializar no Brasil produtos britanicos.

Então um novo pais, unificado e independente é reconhecido. Mas a ideia de identidade é precaria. Existe um pais, mas não existe a nação. Pais tem um territorio definido e um governo soberano. Mas, não se viam como brasileiros, e um motivo é que a maioria era formada por escravos. A identidade nacional vai se basear numa negação de que ser brasileiro não é ser portugues. Isto é fruto de um ressentimento a Portugal pela exploração, pelo comercio, pois isso tirava a oportunidade dos brasileiros.

em suma, é um pais que surge, mas este é inacabado.

BRASIL 2 - 19/04

BRASIL 2 - 19/04

CRONOLOGIA BASICA
3/06/1822 - convocação da assembleia constituinte para o Brasil.
1/08/1822 - manifesto de Gonçalves Ledo aos povos do Brasil
6/08/1822 - manifesto de Jose Bonifacio as nações amigas
1/09/1822 - Proclamação da independência
01/12/1822 - coroação de D. Pedro
3/05/1823 - abertura da assembleia constituinte
12/11/1823 - dissolução da assembleia
25/03/1824 - outorga da constituição

LIBERALISMO VERSUS ABSOLUTISMO
- tensão permanente entre duas correntes politicas - os Coimbrãos, liberais moderados e os brasilienses, liberais radicais.
- disputa inicial entre D. Pedro e a assembleia constituinte pela soberania nacional.
- aumento da influencia dos defensores de um poder autoritario - os corcundas - em que se destacavam os portugueses de nascimento
- aproximação crescente entre o imperador e o partido portugues, absolutista e antiliberal
- estabelecimento de uma monarquia constitucional de feição autoritaria e centralizadora com o imperador ocupando o centro de uma vida politica

EXPLICAÇÃO:
Devemos levar em conta 3 marcos historicos: A primeira é quando a regência de D. Pedro com o apoio da elite resolve convocar uma assembleia constituinte do Brasil, o que nos libera de mandar deputados para Lisboa. O segundo marco são os manifestos publicados pelas lideranças - Gonçalves Ledo e Jose Bonifacio - ambos reforçando o projeto do Brasil independente.  O relato sobre 7 de setembro da forma como conhecemos é simbólico. Na verdade o que fecha o ciclo da independencia é a coroação de D. Pedro, o que significava a força do absolutismo e a consumação da independencia.  Já a consolidação da mesma demorou pois as elites do norte e nordeste eram a favor de Lisboa.

A assembleia é formada pelas elites das provincias. Mas, os deputados não chegaram a se reunir devido a atrasos eleitoreiros e falta de interesse de outros.  A assembleia representa o liberalismo brasileiro, mas sem partidos politicos, mas existem grupos afins que são conhecidos como moderados e radicais. Todos são liberais, o que muda é como cada grupo vê o liberalismo.

Os coimbrãos tem como lider Jose Bonifacio. São homens publicos, mais velhos, com visão cosmopolita. Querem a manutenção da escravidão, a unificação do territorio, querem construir um poder forte no Rio de Janeiro. O motivo é manter a ordem social se aproximando do imperador. É uma soberania entre o imperador e a assembleia.

Os brasilienses tem Gonçalves Ledo o seu lider. São radicais, mas tb aprovam a escravidão. A diferença é que enxergam a soberania com  pertencente a assembleia nacional.

Os absolutistas acreditam que a soberania é só do imperador. Não estavam na assembleia e sim nas cortes. O imperador dá força a assembleia, mas também tenta minar a força da assembleia. Em suma o imperador oscila entre o velho e novo. Quando D. pedro de afasta da assembleia existe um choque, pois escuta a corte que acredita que o poder do imperador devia ser resguardado, sem ser subordinado à assembleia.

A assembleia foi fechada por ordem do imperador com a força militar, o que levou a outorga da constituição pelo proprio imperador (1824).  Com a nova constituição o imperador tem o poder de veto na assembleia. Então o senado se torna altamente conservador, além de serem escolhidos pelo proprio imperador.

A partir daqui matéria para A2

A partir daqui matérias que vão cair na A2.
Beijos,
Alessandra

quinta-feira, 19 de abril de 2012

DATAS DAS PROVAS (A1)

24/04 - AMERICA II
24/04 - DIDATICA
3/05 - BRASIL II
7/05 - MODERNA II

OFICINA III - TRABALHO

DIDATICA - aula 17/04

MULTIDISCIPLINARIDADE, INTERDISCIPLINARIDADE E TRANSDISCIPLINARIDADE

MULTIDISCIPLINARIDADE - é o curriculo que existe nas escolas. O curriculo não tem articulação entre as disciplinas. Cada disciplina é dada separadamente.

Os neoliberais perceberam que a escola estava defasada devido a multidisciplinaridade - que estimula a especialização de um conteudo - que faz com que o aluno não consiga utilizar a informação em contextos e situações diversas. Isto gera uma falta de sintonia entre a escola e a sociedade e com isso a escola se torna um lugar chato. Bill Gates - entre outros - entendeu que valia a pena investir em outro tipo de escola, patrocinando as que trabalhem principalmente com a transdisciplinaridade.

INTERDISCIPLINARIDADE - acontece em muitas escolas, onde as disciplinas se comunicam, ou seja, se articulam entre si. Por exemplo: a escola quer trabalhar com a dengue. Então é feito uma reunião com os professores de cada disciplina para que cada um fale sobre o tema sobre a otica de sua disciplina e assim o aluno tem contato com o mesmo tema através de atividades diversas das disciplinas. O projeto possui inicio, meio e fim definidos.

TRANSDISCIPLINARIDADE -  Bill Gates patrocina este tipo de trabalho onde o trabalho é um processo democratico. Quem participa são alunos voluntarios, onde existe um projeto com um tema e este vai ser trabalhado de acordo com o que é encontrado. Por exemplo: um experimento, uma pesquisa, trabalho com alunos infratores.

PROVA DIA 24/04.

BRASIL 2 - aula 12/04

A CONJUNTURA POLITICA DA INDEPENDENCIA (1820 - 1822)

1 - O MOVIMENTO CONSTITUCIONALISTA PORTUGUES:
2 - DO IMPERIO LUSO BRASILEIRO AO IMPERIO DO BRASIL

Um abalo politico acontece em Portugal em 1820 com uma caracteristica de ambiguidade:  para alguns foi uma revolução liberal onde o objetivo era implementar ideais da revolução francesa, derrubar o antigo regime e o absolutismo monarquico. Ficou conhecido em Portugal como REGENARAÇÃO VINTISTA, mais do que revolução  liberal do Porto.

Mas, o que tem de diferente entre essas duas expressoes? Elas estão na contramão. Nos deparamos com a ambiguidade entre passado e futuro, marca do liberalismo portugues: "VIVA A CONSTIUIÇÃO, A RELIGIÃO E AO REI.". Isto é uma adesão solene a constituição e a monarquia, uma mistura controversa. Na verdade a REGENARAÇÃO não quer a mudança das camadas sociais e sim a regeneração dos comerciantes, a volta do rei, em suma a volta do que era antes. Fala-se de liberdade, mas a base da sociedade é escravocrata. Fala-se em igualdade das leis, mas com ressalvas a dimensão juridica. Isto é ambiguo.

Isto é um liberalismo moderado, que procura conciliar os novos valores politicos com os antigos. Desta forma, uma nova ideia de nação vai surgir, onde povo e nação se tornam sinonimos.  É uma volta do mercantilismo, já que a relação entre metropole e colonia deveria voltar, mas a monarquia passa a ser representada pelo parlamento. O desfecho desta situação é o fracasso da união das sociedades portuguesa e brasileira, mesmo possuindo o mesmo ideal do liberalismo. O que as distancia é a ideia de regeneração vintista.

REVOLUÇÃO LIBERAL DO PORTO
Como dito antes foi um movimento liberal em Portugal - 1820 - que reune a elite liderada pelos comerciantes e financistas do reino no porto, já que este lugar era principal fonte de comercio.  Se unem a esta revolução militares, intelectuais, magistrados e juristas.  Acreditam que o absolutismo do antigo regime  é a causa das dificuldades do reino, pois desde 1808 ocorreu a estagnação economica, além do sentimento de abandono diante da partida da corte. Para restaurar Portugal  era necessario o desaparecimento do absolutismo liberal e retornar a um passado, que se trata de uma mudança politica da transferencia da soberania ao poder representativo da vontade coletiva da nação, ou seja, um poder do congresso nacional. Um pais de suditos seria substituido por uma nação de cidadãos, onde todos são iguais diante das leis, existindo as eleições - com restrições a mulheres e pobres. A  forma concreta da soberania seria o congresso, onde a obra mais importante seria a constituição. ESTE É UM MOVIMENTO REFORMISTA, NÃO TÃO REVOLUCIONARIO, pois tem bases no liberalismo, mas procura ainda a tradição.

No inicio esses ideais são compartilhados também pela elite brasileira, mas , existe uma contradição que contamina as relações entre Lisboa e Rio de Janeiro ente 1820  e 1822, onde a ambiguidade se trata do proprio movimento, onde o imperio poderia ser mantido desde que a corte retornasse junto com o monarca para Portugal. Não se queria a re-colonização do Brasil e sim o deslocamento de poder do Rio de Janeiro para Portugal. .Então, a REVOLUÇÃO LIBERAL representa a união das elites dos dois lados do oceano e a REGENARAÇÃO VINTISTA  significa que querem a volta do centro de poder a Lisboa. O ponto de contato entre os dois é o absolutismo visto como vilão da mazelas e calamidades do  presente.

Em Portugal, as cortes passam a dominar a vida politica do reino, que neste contexto historico representa o congresso nacional, o que influencia os acontecimentos ocorridos a partir de 1820.  As principais cidades do Brasil fazem eleições para enviar seus representantes a este congresso. Aumenta-se os debates politicos e ocorre uma maior politização da elite.

Em suma, o embate está em torno não entre Brasil e POrtugal e sim entre liberais e absolutistas.  O foco de resistencia do projeto reformador era o Rio de Janeiro, já que a corte estava aqui reunida em volta a D. Joao, ou seja, absolutistas. Desta forma o Brasil representa o quartel general do absolutismo. Já o reformismo estava representado em Portugal. Então, entre 1820 e 1822 ocorre a disputa entre esses dois centros de poder: Lisboa (congresso) e Rio de Janeiro (sede da regencia), pois mesmo apos a volta de D. Joao ficou aqui o principe regente. Esta disputa aumenta por pressoes de Lisboa para subordinar que o rei que estivesse no Rio de Janeiro jurasse obediencia a nova constituição feita em Portugal, mas D. Pedro resiste. Mas, a regencia ficou fragilizada e D. Pedro se vê acuado, apesar de ainda ter o poder das graças, da guerra, do financeiro - mesmo assim - se vê debilitada economicamente. O congresso de Lisboa estabelece uma instituição chamada JUNTA GOVERNATIVA  onde em cada provincia são eleitos representantes a esta junta, se tornando provincias independentes do RJ, mas vinculadas diretamente a Portugal.  Isso ocorreu porque as elites mais distantes do RJ eram a favor de Lisboa, já que ficavam a margem do poder estabelecido no RJ que era mais determinado pela elite do centro sul. A independencia significa a resolução desta disputa de poder. No Brasil fica um modelo politico hibrido, onde existe a fachada do liberalismo mas na pratica se vê o absolutismo.

Neste contexto vemos alguns agentes historicos importantes:
1 - o congresso de lisboa - onde o objetivo era esvaziar o poder do RJ
2 - elites do norte e nordeste - queriam minar o poder do RJ
3 - elites do centro sul: a favor do poder do RJ - a mudança de poder representaria uma re-colonização do Brasil na cabeça deles e assim os negocios ficariam escassos pois não existiria mais a abertura dos portos. Em suma a ideia era manter o que já existia para não prejudicar os bons negocios.
4 - Regencia do RJ: resistente as ideias liberais

O momento importante se dá com as pressoes do Congresso de Lisboa para o fim da regencia , onde D. Pedro resiste (dia do fico), mas a representa a ruptura final entre Lisboa e RJ. Com a elite desobedecendo Lisboa a separação é o unico caminho.  Com a independencia, as provincias do norte e do nordeste que eram submetidas a Portugal tb ficam independentes, o que existe um descontentamento, e a consequencia disto são as guerras de independencia porque essas provincias não queriam se submetar ao poder central do RJ.  Por isso é dificil falar numa nação chamada Brasil em meio a esses conflitos.

A independencia então representa a vitoria do centro de poder do RJ, capital de um novo país, em relação ao Congresso de Lisboa. Para D. Pedro significou manter os principios politicos, ou seja, absolutistas em desprezo aos projetos liberais de Portugal.

De novo existe uma contradição, pois a independencia é vista como por em pratica principios liberais da Europa. Então, começa no Brasil um duelo interno a partir de 1822 entre absolutistas e liberais do proprio Brasil.

ATE AQUI VAI A MATERIA DA PRIMEIRA PROVA QUE VAI SER NO DIA 3/05

OFICINA III - aula 09/04

O que o historiador produz é mais pratico ou mais teorico? Hoje se dá muito valor a pratica - empirismo - o que praticamente desapareceu a teoria. O que é um erro. O empirismo dá sustento para o que se vai analisar, por isso historiadores não praticam a filosofia. O registro do passado é nosso empirismo,  porque a fonte junto  com a teoria nos faz praticar a ciencia.

A semantica: a lingua nunca vai dar conta dos fenomenos sociais, pois sempre haverá mudanças. A semantica é o significado real da palavra, o que acompanha a linguistica - o que a palavra significa naquele momento.  Mesmo assim, a lingua muda muito menos do que as praticas sociais, pois é limitada em relação a experiencia humana.

Em suma, a mentalidade muda mais lentamente do que as praticas sociais.